.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Tranquilidade

Photobucket

© João Menéres


AMOR COMO EM CASA

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraidíssimo percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde no café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.


(Esta poesia é do meu amigo Manuel António Pina, nascido no
Sabugal em 1943 e a quem, em honra de seus méritos, a Câmara Municipal da Guarda
instituiu esta semana o Prémio literário com o nome deste homem da Cultura)